sexta-feira, 8 de julho de 2011

Trilha das Bananeiras - um tumulto do bem!

Olá BikeRO's e amigos do pedal.
É com uma satisfação muito grande que podemos noticiar esse tumulto do bem, que aconteceu dia 19 de junho de 2011. Um passeio que entra para a história da nossa região.
Um marco para a união de atletas e bikers. União de cidades e um grande passo para o longo caminho de pedaladas como essa.
Foram 39 "cabeças" que atenderam um convite para uma pedalada pelas trilhas da região de Glicério, Frade e Tapera.
Alguns iniciando a vida no MTB, puderam ser amparados por atletas experientes, que a todo momento estavam incentivando e passando conhecimento e técnica que eles adquiriram com anos a fio pilotando suas bikes.
Uma cena realmente bela é ver 39 bikes subindo, mesmo que lentamente, as trilhas morro acima. Ouvir um falatório humano em meio a uma natureza muito conservada é divino. É a descrição correta: um tumulto controlado e organizado com a finalidade de "curtir" sua bike, seu suor, presenciar e sentir a natureza.
Ninguém passou indiferente aos visuais que a trilha ofertou.
Realmente empolgante!
Certo como eu senti, todos ficaram com vontade do bis.
Mas estamos aí. Lutando a favor de tudo e contra tudo para que outras oportunidades como essa possam ser aproveitadas!
E com essa união, vamos conseguir!
É o primeiro passo.
Agora, força pra mover as pernas e vamos prosseguir!
Vamos juntar, seguir, ajudar, incentivar!
Se a união faz a força, nesse dia (em que fizemos muuuuuuuita força!) a união fez uma pedalada inesquecível!
Então vamos recordar e deixar registrado para a nossa história!

Trilha das Bananeiras

Um furo no calendário, numa data onde não havia nenhuma competição, começamos a cogitar um passeio com ciclistas de todos os níveis.
Mas como seria? Que distância? Qual seria o tempo ideal?

Foram muitas conversas, até que nosso grande amigo Paulo (do empório) nos ajudou a solucionar e fechar o caminho para que pudesse haver uma harmonia entre atletas e bikeros.
A idéia de fazer a trilha das Bananeiras já estava fixa, mas restou apenas montá-la de forma que até mesmo os iniciantes pudessem encarar momentos de força e concentração.
Foi perfeito! O objetivo foi alcançado.
Tempo de pedal muito bom, quilometragem baixa, mas altimetria "casca".
Veja os dados completos no Wikiloc.



Clique aqui para abrir no Wikiloc

Veja o cartaz que veiculou no Facebook e enviado para os emails dos inscritos no blog.


Assim foi feito!
Cada um se preparou como pode, foi sozinho, se juntou... só sabemos que fizemos uma festa com 39 participantes que estavam loucos pra começar o pedal.
No caminho para Glicério, era possível ver a montanha que seria conquistada de bike.


Com a chegada dos carros na praça, o tumulto do bem estava começando em Glicério.













Depois de passadas todas as informações de cuidados para a pedalada em grupo, partimos seguindo o Paulo, rumo à Usina Velha de Glicério.




Foi um trecho de subida em asfalto, servindo como um breve aquecimento.
Ao chegar na usina a turma já começou a sentir o que iriam encontrar em metade do caminho.
Não estou dizendo apenas das subidas, mas também dos belos visuais que começavam a se despontar.





E há muito tempo não víamos uma fila se formar com tantas bikes morro acima.
Já iniciamos nosso caminho de trilhas nesse ponto.





Depois da primeira subida de trilha, o primeiro visual épico da trilha:


 Tenho certeza que ninguém irá esquecer esse trecho.
Um visual que permite ver ao longe o single track por onde vamos seguir até o pé da montanha.
Um local onde cortamos várias vezes o riacho que nos segue morro acima.






A partir desse ponto, o "sofrimento" começava de vez.
Foram quase 2 horas de subida até Tapera.
Uma subida por dentro da mata. O que deixou o pedal bem interessante.
Uma trilha bem "largada", úmida e que parecia sem fim.
Nascentes, a todo instante, brotavam pelos cantos da mata. Um show de natureza!











Depois de muita subida, chegamos no asfalto que levaria até Tapera.
Fomos recebidos nesse asfalto com uma mina d'água gelada para repor o que perdemos até nesse ponto.
Mas a subida ainda não tinha terminado.
Para o desespero de alguns, ainda faltavam uns 5km acima.
Mas cada um seguia concentrado, poupando energia e subindo até o topo.





 

 Conquistar essa serra merece uma levantada na bike!
Com um pouco mais de asfalto, agora descendo, pegamos a estrada de terra que desce para Crubixais e seguimos por trilha curta, mas bem técnica até o centro de Tapera.



 

Em Tapera tivemos um período de merecido descanso para repor as energias!
Outro tumulto do bem.





Fizemos uma interferência positiva no cotidiano do pequeno distrito.
Todos que passavam não conseguiam ficar indiferentes com aquela "multidão de bikes" estacionadas por todos os lados.
Só pensávamos em comer e beber alguma coisa pra repor os líquidos do corpo.
A energia já começava a voltar!
E depois de 30min parados, recomeçar era uma tarefa meio complicada!
Mas seguimos caminho!
A grande descida estava nos esperando...


É... parecia até mentira para alguns... mas continuávamos subindo!
Já tinham até perguntado se era alguma versão piorada do Pedacinho do Céu (trecho conhecido pelos bikers da nossa região).
Faltava pouco.
A única certeza era: se subimos tanto, vamos descer muito!
E isso não era propaganda enganosa! Realmente, muita descida nos aguardava.
E de repente, no meio do caminho, Márcio e Cia acharam uma pista de BMX que logo foi transformada em XCO.



 Mais um pouco de estrada à frente, nova parada, com uma tentativa de abrir um bar pra comprar alguns comprimidos de remédio pra dor. Mas infelizmente não abriu.
Mas pedal seguiu morro acima.
E agora já era hora de dar os avisos sobre os perigos da primeira parte da descida.



Agora, nesse ponto, a estrada perdia sua característica e começava a ganhar ares de trilha novamente.


E nesse ponto fizemos uma foto pra ficar na história, com a estrada Sana-Frade ao fundo e a vista de toda a trilha que estávamos prestes a descer.



Muita descida!
Uma pena não conseguirmos filmar ainda as descidas!
Muita pedra solta, vossorocas de águas de chuva e buracos.
Não faltou adrenalina nas veias!
Tivemos alguns acidentes e alguns problemas mecânicos.
Mas tudo foi devidamente cuidado.
Aproveitamos pra fazer uma parada pra relaxar os braços e dedos que não saíam das manetes dos freios.
Tanto tempo pra subir, tão pouco tempo pra descer!





Continuamos nossa descida até Frade.
Um estradão de chão onde muita a bike desenvolve muito.
Tomamos precaução de manter os carros avisados, pois no horário em que passamos, o tráfego de retorno do Sana é intenso.




Agora, era asfalto até Glicério. E muita descida ainda pra frente!
Passando por Frade, estávamos de frente com a montanha gigante que foi vencida.
Uma imagem interessante.


Uma descida muito rápida até Glicério.
Infelizamente nem todos andaram com responsabilidade pelo asfalto, chegando a passar pela contramão, mas foram "puxados na orelha".
Outro acidente deu uma preocupada, onde 2 bikers se "embolaram".
Mas depois de tudo resolvido, Glicério chegou... ou melhor, chegamos!




Nesse momento a preocupação era apenas de arrumar o carro com as bikes e arrumar um lugra pra comer!
O corre-corre pra comer foi geral.
Teve gente se atracando em coxa de galinha, em salgados e a maior parte no restaurante que ainda estava servindo "rango".



E finalizamos essa festa do MTB em nossa região.
Certamente ficará gravado na memória de cada um que participou.
E com toda certeza, o que marcou foi a união.
Parabéns a todos que se dispuseram!
Vamos manter esse padrão.
É isso que precisamos para colocar nossa região no mapa do MTB brasileiro.
Não digo apenas de competições, mas também de cicloturismo e passeios como esse!
Competir faz parte. Ainda mais quando nosso maior adversário é nosso corpo, nossa preguiça e nossa força negativa. Agora, passear é uma arte! E como faz bem pra mente!




E nos despedimos da grande montanha, dos nossos amigos e dos novos amigos com a esperança de que algo como esse, possa ocorrer mais vezes!
Vamos lá!
Muitos quilômetros de boas pedaladas a todos!
Fica mais um roteiro pra posteridade.
E em breve retornaremos!
Valeu!

Eduardo Almeida

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